sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Carta Magna da Umbanda
Congresso Nacional de Umbanda
Deliberação para organização e formatação de documento
oficial para a Religião de Umbanda, denominado de “Carta Magna de Umbanda”
O Congresso Nacional de Umbanda foi criado para o debate
sobre assuntos de alta relevância para a religião. É hora de realizarmos um
trabalho voltado a normatizações, o que não quer dizer codificação da Umbanda;
entretanto, temos que ter um posicionamento único em relação à própria religião
e seus posicionamentos sobre as diversas questões sociais, legais, culturais e
humanas. É necessário que haja o comprometimento de todos para realizarmos uma
plataforma de compreensão dentro do conceito religioso. Para tanto, segue
abaixo a proposta inicial que está sendo discutida e melhorada por meio de
todos os que se mostraram dispostos a participar, estando todos para isso
convidados. O Congresso Nacional de Umbanda, proposto pelo Movimento Político
Umbandista (MPU), teve seu lançamento em 17 de agosto de 2013, na Câmara
Municipal de São Paulo, e será realizado no dia 17 de maio de 2015, no
Santuário Nacional de Umbanda (Santo André – SP), respeitando todas as
vertentes e linhas de estudo, de modo a não segregar ou discriminar nenhum tipo
de opinião que não seja para enaltecer a religião e o documento.
Aprovada e instituída como documento referencial para a
religião, a cada dois anos será convocado novo Congresso Nacional de Umbanda
para reavaliação e aperfeiçoamento da Carta Magna de Umbanda, estando previsto
o próximo, portanto, para o ano de 2017.
Não será colocado em pauta nenhum assunto de cunho litúrgico
ou que faça parte de qualquer ritual, a não ser para enaltecer a unidade da
diversidade da religião de Umbanda. Entende-se, assim, que existem na religião
fundamentos que servem a todos, os quais devem ser identificados por todos como
fonte da própria religião. Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda” que todos
poderão assinar, dando à Umbanda uma referência única. Essa referência respeita
os ditames da sublime forma de interpretação da base religiosa, tendo por
objetivo final ser um documento nacional e internacional da religião, por meio
do qual podemos nos diferenciar de trabalhos que não condizem com a essência da
Umbanda.
Sabemos que muitos que não comungam de nossa fé acabam por
interpretá-la de maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam
a opinião pública e a mídia. A Carta Magna de Umbanda protegerá nossos
conceitos básicos, dando força a todas as casas que professam a fé religiosa de
Umbanda. A partir do documento, poderemos
cobrar de órgãos governamentais e não governamentais, com mais identidade, que
respeitem os direitos religiosos e de
liberdade de culto elencados na Constituição Brasileira, bem como a lei 7.716
de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997,
contra a intolerância religiosa, dentre outros marcos legais.
O trabalho inicial foi apresentado em reunião dia 14 de
abril de 2013, na rua Brigadeiro Jordão, 297, Ipiranga, São Paulo – SP, com
participação de várias lideranças. Cada órgão federativo, representado pelos
seus diretores, sacerdotes e lideranças se empenharam ajudando a trazer
propostas para o Congresso Nacional de Umbanda. A direção dos trabalhos foi do
MPU, com todos os presentes unidos com responsabilidade pela Umbanda.
O Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes,
escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa, filósofos e
outros que estão inseridos na religião de Umbanda com a finalidade de atingir a
opinião pública sobre o que é Umbanda, sua cultura social, política e
religiosa. Temos a responsabilidade de fundamentar um pensamento único em
relação a vários pontos específicos.
Esses pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da
Religião de Umbanda e passam a ser uma forma de normatizar a base da religião.
A normatização nada mais é do que uma forma de trazer a unidade, coerente e
inteligente, para difundirmos a nossa religião, respeitando a liturgia e os
estudos aplicados em cada vertente. Afinal, a Carta Magna de Umbanda propõe a
união, não a unificação.
Após o lançamento oficial do Congresso Nacional de Umbanda
na Câmara dos Vereadores de São Paulo – SP, no dia 17 de agosto de 2013, houve
diversos fóruns em todo o Brasil e também em Leiria, Portugal (22 de novembro
de 2014), nos quais inúmeras sugestões foram dadas e acolhidas para aperfeiçoar
o documento.
Por necessidade de termos um órgão de âmbito nacional e
internacional como regulador da Carta Magna de Umbanda, o Superior Órgão
Internacional de Umbanda e dos Cultos Afros (SOI), sediado em Lages – SC, passa
a cumprir esse papel, estando à frente deste trabalho. Dos demais órgãos
federativos e/ou regionais contamos com a participação e o apoio necessários
para a constituição e a oficialização deste documento.
CARTA MAGNA DA UMBANDA
Atualizada dia 21/10/2014 com o apoio dos mais de 4 mil
templos espalhados pelo Brasil, federações, conselhos jurídicos e estudiosos.
A Umbanda é uma religião que crê na existência de um Deus
único, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, eterno,
imutável, imaterial, onipotente, onipresente soberanamente justo e bom,
infinito em todas as Suas perfeições.
Cremos na existência dos Sagrados Orixás, responsáveis
diretos por toda a criação do universo e sustento do planeta Terra, divindades
e/ou denominações humanas para uma classe de Poderes Reinantes do Divino
Criador.
Cremos na existência e comunicação mediúnica, por meio de
medianeiros preparados para tal tarefa, em trabalhos caritativos em
atendimentos fraternos dos Guias Espirituais.
Dando por verdade que a Umbanda teve contribuições positivas
das religiões e/ou filosofias Espírita, Indígenas, Africanas, do Catolicismo
popular e outras, entende-se que a Umbanda não se submete a nenhum dogma
relacionado às religiões ou filosofias citadas.
Cremos no Mestre Jesus (sincretizado com Oxalá), pautando o
aspecto doutrinário embasado nos seus ensinamentos de amor universal, seguindo
o que foi anunciado pelo fundador da Umbanda, o Caboclo das Sete Encruzilhadas,
e nos ensinamentos dos inúmeros Espíritos Crísticos, os Mestres do Amor, como
via evolutiva para se chegar a uma espiritualidade superior.
A Umbanda possui sacramentos e ritos próprios de batismo,
casamento e fúnebre.
A Umbanda é uma religião de “Culto à Caridade”. Dá ênfase à
simplicidade dos rituais, que permite a dedicação integral do tempo das sessões
em atendimento fraterno aos que a ela recorrem. Nos atendimentos fraternos está
o cerne do assistencialismo da Umbanda, sempre de forma caritativa.
Cremos na existência de sítios vibratórios da natureza
(praias, matas, cachoeiras, pedreiras, montanhas, campos, lagoas, fontes,
jardins, etc.), por onde os Sagrados Orixás manifestam-se energeticamente com
mais intensidade, emanando magnetismos necessários à nossa sobrevivência, e
aonde vamos constantemente promovendo concentrações para refazimento
energético, harmonizações e captação de energias sublimes, nos reequilibrando
com as forças da Mãe Natureza. A Umbanda reverencia a Mãe Natureza, por ser
nela que se encontra a mais pura manifestação divina e também porque vamos
buscar e nos harmonizar com as forças ali reinantes, sustentadoras de toda a
forma de vida planetária, atraindo ainda forças do universo para complementar
tais vibrações já existentes em nosso planeta, unindo assim, poderosas forças
divinizadas existentes nos planos espirituais.
Os principais ritos da Umbanda são realizados por meio de
orações, pontos cantados, que podem ser ritmados através de instrumentos
musicais. A Umbanda realiza descarregos, com o uso de ervas em defumações, em
banhos, em amacis e no uso ritualístico do tabaco. Tem ainda nos elementos
minerais, formas condensadas de energias que são aproveitadas nestes ritos,
tais como pedras, cristais, metais, incluindo a energia essencial dos quatro
elementos básicos da natureza.
A Umbanda atua na elevação e educação religiosa e na
evolução dos espíritos, praticando trabalhos que visam ao progresso do ser
humano, direcionando a reforma íntima por meio dos postulados de Jesus, da vibração
dos Orixás e dos ensinamentos dos Mestres Iluminados de todos os tempos, que
são ensinados pelos Guias Espirituais que se manifestam nos templos de Umbanda.
Entende-se que a religião de Umbanda é genuinamente
brasileira, com duas características em sua origem:
Primeira:
É milenar porque seus fundamentos são os mesmos que
presidiam o reencontro com Deus desde o início da raça humana em nosso planeta.
Cósmica porque seus fundamentos culminaram com a união
preconizada pelo Movimento Umbandista dos quatro pilares do conhecimento
humano, que são Filosofia, Ciência, Religião e Arte.
Evolutiva em suas manifestações porque a Umbanda se
manifesta em seu dia a dia, utilizando todos os recursos positivos existentes
no ontem, no hoje e, com certeza, se valerá dos que vierem no amanhã.
Crística porque os seus aspectos, princípios, postulados e
finalidades estão calcados nos ensinamentos dos Mestres da Luz, principalmente
no Mestre Jesus, sendo a manifestação e a vivência do Evangelho Redentor,
aceitando tudo o que é bom e rejeitando tudo o que não eleva e encaminha ao
crescimento e desenvolvimento do ser humano.
Brasileira em suas origens. Como prática religiosa, surgiu e
se desenvolve no Brasil e hoje também em todo o mundo.
Segunda:
Foi instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através
da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, em
Neves/Niterói, anunciando pela primeira vez o termo “Umbanda”, como designativo
de religião. Na mesma noite, revelou-se um Guia Espiritual, apresentando-se
como Pai Antônio: era a presença de um Preto-Velho, a sacralização de um
representante de origem afro na Umbanda.
Umbanda é sinônimo de prática religiosa e caritativa, não
tendo cobrança como uma de suas práticas usuais; não se permite retribuição
financeira pelos atendimentos fraternos ou pelos passes realizados. Damos de
graça o que de graça recebemos. Mas é lícito o chamamento dos médiuns e das
pessoas que frequentam os terreiros para contribuírem para a manutenção do mesmo
ou para a realização de eventos de cunho religioso e assistencial aos mais
necessitados. Vivemos para a Umbanda, porém precisamos criar mecanismos, como
qualquer religião, de proporcionar o crescimento de nossos templos. Outrossim,
visando à manutenção, ao conforto e ao bem estar dos seus frequentadores, a
critério de cada templo, é facultada a cobrança de contribuições (mensalidades
e outros) aos filiados, sem que haja discriminação ou preconceito para com
aqueles que não possam retribuir.
No caso específico de sacerdotes/sacerdotisas umbandistas
que passaram a dedicar-se integralmente ao culto, em determinadas situações e
regiões, cobrando, por exemplo, pelo jogo de búzios, em casas onde o mesmo é
praticado, nunca devem deixar de atender àqueles que não podem pagar pelas
consultas. Além disso, as sessões (giras) devem permanecer públicas e
gratuitas, pautadas pela caridade e pela doação dos médiuns, inclusive e
principalmente do sacerdote/da sacerdotisa umbandista.
A Umbanda não pratica o corte ritual de animais (embora o
compreenda e respeite como fundamento de outras religiões, inclusive com o
tradicional aproveitamento para ceia comunal) quer para assentamentos
espirituais/vibracionais, quer para homenagear Orixás, Guias Espirituais, Exus
e Pombas-Gira, quer para fortificar mediunidades, ou mesmo em processos
ofertatórios ou demandatórios para obtenção de favores de qualquer ordem, pois
recorre às orações, descarregos (desobsessões), ou, se preciso, oferendas
votivas de flores, bebidas, frutos, sucos, chás, alimentos, incensos e velas A
oferenda votiva, além de operação espiritual/vibracional, é também uma
reverência espontânea aos Sagrados Orixás e é recomendada a sua prática aos
seus fiéis.
A Umbanda reconhece as derivações oriundas de seu cruzamento
com outras religiões, ocasionadas pela diversidade religiosa no Brasil. Várias
vertentes da Umbanda foram se formando e consolidando com o passar dos anos,
agregando a elas mesmas práticas oriundas de outras religiões, sendo,
entretanto, todas galhos de uma mesma árvore e, desse modo, a Umbanda se
posiciona totalmente contra qualquer forma de discriminação a elas, em
conformidade com a lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459,
de 15 de maio de 1997, e ao conjunto da legislação vigente sobre esse tema.
A UMBANDA É: DOAÇÃO, CARIDADE, COMPROMISSO, PROSPERIDADE E
HUMILDADE.
Doação
A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural
da religião, onde a participação é fundamental. É por meio da doação que o
medianeiro aprende a valorizar seu templo e socializa-se com seus irmãos.
Caridade
A ação caritativa é uma das formas de elevação do espírito.
Fora da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de
Umbanda. A caridade é a expressão máxima do aprendizado religioso em sua
plenitude pelo médium de Umbanda.
Compromisso
A Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a
verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito,
a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade
Dizem os Espíritos: “Conquistará tudo com o suor do seu
rosto”. Ainda nos alertam: “Não venham pedir à espiritualidade aquilo que é da
sua competência”. A prosperidade se dá pela honestidade, pelo esforço,
conhecimento e trabalho individual, onde, amparado por sua fé e merecimento, o
indivíduo conquistará seus objetivos.
Humildade
O religioso de Umbanda tem como base espiritual sua
humildade, entendendo que ele, médium, não é melhor que ninguém, mas, sim, tem
uma responsabilidade maior e um compromisso como instrumento da Espiritualidade
em transmitir as mensagens de Luz passadas pelos planos elevados. Na Umbanda
existe uma hierarquia espiritual que orienta os trabalhos, com Dirigentes
Espirituais, Médiuns e Auxiliares; porém, todos sabemos que no plano material
somos em todos os momentos aprendizes e professores e todos nós estamos em
constante aprendizado, não sendo ninguém melhor do que o outro, apenas com funções
e responsabilidades diferentes. Entendemos que quem deve ser glorificado é Deus
e a Espiritualidade, nunca o medianeiro!
PRECONCEITO ÉTNICO
A Umbanda é uma religião brasileira e, assim como seu povo,
miscigenada, existindo a representação de várias etnias. A Umbanda é o exemplo
inter-étnico e responde por ela mesma, pois tem em sua base o negro, o
indígena, o europeu e o oriental. Mostra-se como exemplo de cultura e educação,
coibindo qualquer forma preconceituosa. O preconceito racial é, antes de tudo,
uma demonstração de atraso espiritual e desconhecimento das leis divinas.
Aquele que diminui ou persegue o irmão pela cor da pele ou por qualquer outra
característica étnica viola a regra de ouro presente nas mais diversas
tradições espirituais e religiosas, "amar a Deus sobre todas as coisas e
ao próximo como a si mesmo”.
ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO
Na Umbanda todo ser humano é visto como irmão (ã)
espiritual, sendo aceita qualquer orientação sexual e identidade de gênero.
Assim a religião entende e acolhe espíritos, e não o gênero ou a sexualidade.
Discriminação e preconceito não são ensinados pelos nossos Guias, entendendo que
a Umbanda acolhe a todos. Encarnamos com propósitos e meios para alcançá-los,
sendo fundamental respeitarmos a condição de cada indivíduo. Homossexualidade e
transexualidade são questões de foro pessoal.
CASAMENTO
Para a Umbanda, tão bela quanto a sabedoria de Deus
transmitida pelos Guias Espirituais e nossa missão para com Eles, conosco e com
o próximo, é o sacramento do casamento. Os encontros espirituais de dois seres
carnais contribuem para os alicerces da sociedade. O casamento deve se dar por amor
e livre arbítrio, onde o casal é orientado e acolhido também espiritualmente.
Para a Umbanda é irrelevante a heterossexualidade, a homossexualidade, a
transexualidade ou se uma das partes não é propriamente umbandista. Reservamos
a todos direitos iguais de matrimônio sejam heterossexuais, homossexuais,
transexuais e casais onde um dos cônjuges é de uma orientação religiosa
diferente. Unimos espíritos em sua base carnal passageira, sem impor quaisquer
condições financeiras, étnicas etc. Compreendemos que o casamento religioso
funciona como base espiritual para uma família e tanto o corpo mediúnico quanto
a assistência têm o direito a este sacramento.
ADOÇÃO
O posicionamento da Umbanda não é apenas favorável, mas
também incentivador à adoção. O acolhimento físico, moral e espiritual daquele
a ser adotado, sempre levando em consideração as condições dos pais, é o de
respeito, carinho, amor e proteção, para o resgate da criança/do adolescente e
sua inserção nos princípios de cidadania, favorecendo-o a ser consciente de
suas responsabilidades e voltado para a prática do bem. Esse ser humano (assim
como aqueles que serão seus pais) precisa de compreensão de sua condição humana
e espiritual. Acreditamos no mesmo direito por parte de pais e mães heterossexuais,
homossexuais e transexuais, pois a amplitude desse ato não se reserva à
condição sexual ou de gênero, e sim ao resgate cármico em condições tanto
materiais quanto emocionais para a educação da criança e do adolescente.
DIVÓRCIO
Conselheiros espirituais umbandistas não incentivam o
divórcio, porém não compactuam com o relacionamento aparentemente feliz, mas
com o espírito abalado pelo ódio, pelo sofrimento, pela falta de amor, que, por
muitas vezes, pode causar riscos à integridade física, moral e espiritual a um
dos cônjuges ou ao casal, e, por consequência, traumatizar familiares, filhos e
amigos. O casamento se dá por afinidade mútua das pessoas, baseadas em
lealdade, respeito e amor. O casamento indissolúvel é criação humana, por
dogmas religiosos e/ou de ordem social e econômica. Na Umbanda, acredita-se que
o carma do casal pode ser breve ou durar uma vida inteira, de acordo com o que
sua própria missão espiritual determina, e não se impõe uma convivência de
infelicidade ou violência. O casamento em âmbito espiritual deve ser por livre
escolha, preservando a integridade do ser humano, jamais sendo proibido para,
em sua jornada, encontrar aquele (a) que possa ser seu (sua) companheiro (a)
até o desencarne ou após. Na Umbanda, o matrimônio também é assegurado como
direito àqueles que já se divorciaram.
CRIANÇAS NA UMBANDA
Assim como as sessões umbandistas recebem as falanges dos
Erês (Ibejada) e reconhecem a sua inocência como importante missão de
transmitir a médiuns e assistidos a alegria pura da vida na vibração desta
poderosa força infantil, assim reconhecemos as crianças levadas às sessões como
importante processo de sua própria formação espiritual, garantindo a elas o
direito do conhecimento dentro da Umbanda da mensagem universal de Jesus,
sincretizado com Oxalá, com sua magnitude em Deus e nos Orixás, para o
atendimento mediúnico, para batizado, passes e desenvolvimento, o respaldo
moral, físico e espiritual contra todas as formas de violência. Incentivamos a
criança para que ela reconheça desde cedo sua importância, seu valor e seu
caráter, concedendo a ela o direito de livre escolha pela sua pureza,
trabalhando dentro de nossas crenças, para que tenha amparo sempre.
IDOSOS NA UMBANDA
Assim como a Umbanda presta reverência redobrada aos
chamados Orixás “decanos” ou “mais velhos” (em especial, Oxalá, Obaluaê e Nanã)
e aos Pretos-Velhos, preconiza o respeito, o amparo e a assistência aos idosos,
no âmbito familiar e social, com base no amor, na caridade, no reconhecimento e
na legislação em vigor, em especial o Estatuto do Idoso.
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
Na Umbanda, nenhuma pessoa portadora de necessidades
especiais (congênita ou adquirida) é privada de acolhimento ou desenvolvimento
mediúnico. Compreendemos que as deficiências se restringem à carne e não ao
espírito, portanto as limitações do corpo material se tornam nulas, mediante
nossa fé e o Plano Espiritual.
Como disseminadores de amor ao próximo, não nos cabe desmerecer ou
restringir quaisquer que sejam as condições físicas, mentais ou psicológicas de
um irmão, pois somos livres de julgamentos e permitimos que todos aqueles que
buscam a doutrina umbandista sejam tratados com igualdade e respeito.
Aos dirigentes de Templos e Federações pede-se privilegiar a
acessibilidade, conforme a caridade, o bom senso e as leis vigentes.
PRESERVATIVOS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
A Umbanda apoia o uso de preservativos e métodos
contraceptivos, como meios de proteção contra DSTs (doenças sexualmente
transmissíveis) e prevenção de gravidez indesejada. Cada qual deve saber e
escolher o momento de gerar um novo ser, que necessitará de compreensão,
educação e discernimento ao longo de sua vida. Nesse sentido, o uso de métodos
contraceptivos é um modo de proteger a vida, não da vida. O uso do
contraceptivo é aceito pela religião da Umbanda, pois respeita o livre
arbítrio, o controle de natalidade e o planejamento familiar.
ABORTO
A Umbanda é contra a prática do aborto.
Na Umbanda entende-se que a partir da concepção já existe
vida, um Espírito que anseia por sua evolução. As observações dos resgates
espirituais, por meio dos acontecimentos, necessitam ser levados em
consideração. Há falta sempre que transgredimos a Lei de Deus. Um pai e uma
mãe, ou quem quer que seja que provoque o aborto, em qualquer período da
gestação, cometerá transgressão, porque isso impede o espírito de passar pelas
provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.
Dado o caso onde o nascimento da criança coloque em perigo a
vida da mãe, é preferível, por bom senso, manter a vida da genitora.
O aconselhamento direto com os Guias Espirituais é
fundamental para que as ações baseiem-se sempre na Espiritualidade e na
particularidade de cada situação.
Caso ocorra ou tenha ocorrido o aborto por decisão de
qualquer natureza, a Umbanda jamais condenará os envolvidos, ocupando-se,
antes, em acolhê-los e prestar-lhes conforto espiritual.
DROGAS
Todos que recorrem aos terreiros de Umbanda encontrarão o
lado assistencialista. O dependente químico deve ser tratado sem aspectos
preconceituosos, tendo total assistência por parte da religião de Umbanda.
A Umbanda respeita a vontade do indivíduo em buscar e
aceitar o tratamento espiritual. Devem ser observados e respeitados nos
tratamentos o lado psicológico, o comprometimento químico e a atenção
espiritual para o dependente e sua família.
EUTANÁSIA / DISTANÁSIA/ ORTOTANÁSIA / SUICÍDIO / HOMICÍDIO/
ASSASSINATO
A Umbanda, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e
espiritual, entende que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do carma
e aprendizados importantes ao Espírito.
Só o Criador, através de Sua Onisciência, Onipresença e
Onipotência, sabe o momento do desenlace carnal de qualquer indivíduo.
Ortotanásia é a morte natural do ser sem a utilização de
meios artificiais ou qualquer interferência humana.
Mesmo no caso em que a morte é inevitável e em que a vida
não é abreviada senão por alguns instantes, a Eutanásia é sempre uma falta de
resignação e de submissão à vontade do Divino Criador.
Práticas que atentam contra a vida, humana ou animal, não
são aceitas pela Umbanda.
Homicídio cometido por um agente público ou profissional
(segurança ou policial) no exercício de sua profissão não possui ônus
espiritual sob tais fatos, pois o Estado passa a ser responsável. Nesse caso,
podemos muitas vezes entender que o profissional é apenas um agente da
espiritualidade executando as leis do Carma.
Distanásia, do ponto de vista clínico e espiritual, não fere
o conceito religioso de Umbanda pelo fato de tentar prolongar a vida do ser.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A Umbanda não
aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos parâmetros da legislação
vigente com destaque para os Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente,
Leis de proteção à mulher e a Carta das Nações Unidas (ONU), segundo os quais
os direitos da pessoa humana devem ser preservados.
O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE
A Umbanda defende o direito de igualdade, sendo que a mulher
deve ocupar qualquer posição na sociedade, com o mesmo tratamento.
As mulheres na Umbanda estão em todos os níveis hierárquicos
da religião, inclusive na curimba, não apenas no canto, mas também no toque.
PEDOFILIA / MAUS TRATOS
A Umbanda não aceita qualquer forma de ato que atente contra
a criança e o adolescente, em especial os casos de pedofilia e maus tratos e
defende que as leis já estabelecidas devam ser aplicadas.
Pessoas que possuem desvio de conduta em relação a crianças
e adolescentes podem estar obsedadas e necessitam de orientação espiritual e
acompanhamento psicológico, além de se submeterem à aplicação das leis civis.
POSICIONAMENTO E ÉTICA EM RELAÇÃO À UMBANDA E OUTRAS
RELIGIÕES
A Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser
respeitada: amar, respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com
verdade, na base do bem, da educação e da elevação.
O posicionamento ético em qualquer religião deve se basear
em tais atributos, manifestado pelo verdadeiro religioso de Umbanda.
Sobre a questão inter-religiosa, a Umbanda respeita todas as
religiões e busca o Estado Laico, não discriminando nenhum tipo de manifestação
religiosa que vise ao respeito e à evolução do ser humano.
Cremos na afirmação de que as religiões constituem os
diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus.
SOBRE OS MÉDIUNS E ASSISTIDOS
Os médiuns e assistidos em geral são vistos como religiosos
e devem agir como tal, com fé em Deus, nos Orixás e Guias Espirituais, possuir
os atributos da Fé, amar seu semelhante, não julgar, jamais caluniar, ser
pacificadores, estar a serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de
forma torpe.
Esses atributos são posicionamentos éticos para todos que
comungam da fé umbandista.
EDUCAÇÃO ESCOLAR
A Umbanda indica a inclusão nas matérias de filosofia,
história, sociologia, antropologia e outras o estudo da Carta Magna de Umbanda
como fonte didática e como ponto de partida para o diálogo inter-religioso.
Assim como as demais religiões, a Umbanda passa a ter um documento que
esclarece de forma objetiva, seus postulados.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
A Doutrina umbandista vê com bons olhos a doação de órgãos.
Fazemos das palavras do médium espírita Chico Xavier as
nossas. Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes
de órgãos prática contrária às leis naturais. Chico respondeu: “Não. Eles dizem
que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para
determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos
cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo
físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles,
que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo físico não
tenha se completado, como nos casos de morte cerebral, a Espiritualidade dispõe
de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos ao espírito doador. A
doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia outras
pessoas e o próprio espírito do doador em sua evolução espiritual e, além
disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos
no plano material, colocando-os a serviço de vários necessitados.
O mesmo se dá em relação à doação de sangue, medula e
qualquer tecido orgânico que venha proporcionar ajuda ao semelhante. A Umbanda,
assim como qualquer religião, necessita incentivar a prática de doação para
amparar milhões de irmãos necessitados pelo mundo.
CREMAÇÃO
Nada aventamos fundamentalmente contra a cremação.
A cremação é legítima para todos aqueles que a desejam,
desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a
ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o
depósito de despojos humanos em ambiente frio. Esse período é necessário, pois
existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o
corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas sequentes ao
desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda o Espírito solicita para as
sensações da existência material.
O sepultamento ou a cremação nada mais representam, para o
espírito, que a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas
entretecidas em agentes físicos, das quais se libertou.
CONCEITOS –
UMBANDA NA DEFESA DA NATUREZA, NO MUNDO E NO CAMPO JURÍDICO
A Umbanda é um conjunto de leis que regem a vida e a
harmonia do Universo. Como religião ou como ciência, na Umbanda, tanto na
prática ritualística material como na esfera espiritual das comunidades
umbandistas, só se conhece uma hierarquia espiritual: a da evolução de cada
Espírito nos diversos planos da Criação e a vibratória estabelecida pelo mérito
de cada um. A par do conhecimento perfeito da vida, a Umbanda aproveita o
ambiente material fornecido pela vibração humana para abrir o verdadeiro
caminho da sabedoria onde se aprende que a verdade ou a realidade final do
Universo é imutável. Dentro da concepção de que o aproveitamento material
fornecido pelo homem é força ativa indispensável à realização da Umbanda, sobre
o médium é que repousa integral responsabilidade, somente excedida pela sua
própria compreensão quanto à missão que lhe é, por escolha, concedida.
A Umbanda é uma síntese expressiva de Amor, Sabedoria,
Respeito, Tolerância e Renúncia, como nos ensina Jesus e nos apresentam outros
tantos Mestres Crísticos em vários momentos da História e em culturas tão
diversas. O umbandista se utiliza da religião como meio de progresso e defesa,
mas nunca como instrumento de ataque.
A Umbanda está em vários países, levando a paz e a elevação
de uma religião que defende os direitos pela igualdade, respeitando a
pluralidade de cada nação. As bases da Carta Magna de Umbanda são o registro
dos princípios seguidos por religiosos de Umbanda pelo mundo.
A Umbanda, como religião ecológica, tem em seus seguidores
os defensores da Natureza. Entendemos que os Sagrados Orixás manifestam-se
magneticamente com mais intensidade nos sítios vibratórios da Natureza, aonde
vamos constantemente, promovendo concentrações para refazimento energético,
harmonizações e captação de energias sublimes, nos reequilibrando com as forças
da Mãe Natureza.
As oferendas votivas realizadas pelos umbandistas no seio da
Natureza, além de simples, são todas efetuadas com materiais biodegradáveis,
que rapidamente se incorporarão ao meio ambiente. A religião de Umbanda defende
a natureza, preza pelas matas, mares, rios, cachoeiras, nascentes. Preza pela
fauna e flora, contribuindo, assim, com os tratados internacionais de
preservação da natureza indicando a necessidade de meios de desenvolvimento que
não a agridem.
A Carta Magna de Umbanda sugere e defende a necessidade de
organização jurídica e administrativa no que diz respeito à organização dos
Templos e Federações.
CANDIDATOS À
POLÍTICA NA UMBANDA
A Umbanda solicita que todo candidato que se apresente
dentro da religião assine documento público com o compromisso de seguir a Carta
Magna de Umbanda, assumindo sua posição, expondo-a em seu próprio site, blog e
em suas redes sociais e entendendo que este documento protege a religião de
oportunistas e pessoas mal intencionadas.
Por outro lado, os umbandistas apontar qualquer tipo de
possível desvio de comportamento do eventual representante da religião.
Os representantes políticos se comprometem a não interferir
na conquista de direitos individuais e coletivos baseados em pressupostos
religiosos da Umbanda.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Autocobrança: qual a razão para exigir tanto de si mesmo?
Pessoas muito exigentes perdem facilmente o limite entre o que fazem e o
que dão conta de fazer. Exigem tanto de si que perdem a noção entre o desejo de
realizar e a autocobrança. São aqueles que vivem pressionados pelo “eu
deveria…” “Deveria ter ligado para fulano”, “deveria ter acompanhado minha mãe
no tratamento”, “deveria estar mais perto de sicrano.”
Os exigentes são valorosos em
honestidade, comprometimento, dedicação e responsabilidade. Os princípios que
os impulsionam são saudáveis e úteis, entretanto, quando excedem na aplicação
desses princípios penetram o campo mental sombrio do conflito exaustivo, diante
do tanto que fazem em contraste com o tanto que gostariam de ter feito.
Por conta desse contraste estão sempre com a sensação de que fizeram pouco ou tiveram baixo rendimento, tornando-se muito irritados com a sobrecarga que não reconhecem e controladores inveterados que acreditam na sua capacidade para atingir objetivos impossíveis.
Por trás desse comportamento de autocobrança existem programações mentais que funcionam baseados em crenças limitantes do tipo “para ser reconhecido, tenho que dar conta de tudo”, “para ser amado necessito fazer tudo que tenho que fazer”, “se eu não conseguir tal desempenho, não serei amado” ou “se eu não tiver um bom resultado serei rejeitado”. São crenças perfeccionistas, motivadas pela necessidade neurótica de perfeição como caminho para uma autorealização ilusória.
Com isso o autocobrador ultrapassa seus próprios limites sem perceber, perdendo uma grande dose de energia astral e mental, que vai leva-lo ao estado de estresse e muita desvitalização. Ele é seu próprio sugador, seu próprio obsessor.
Essa necessidade compulsiva pela perfeição esconde uma dificuldade de aceitar algo em você. Quase sempre é uma questão relativa a baixa autoestima. É tão complexo o assunto que algumas pessoas, por exemplo, não aceitam se sentirem imperfeitas, frágeis ou falíveis… O pior disso tudo é que essa compulsão lhes subtrai a possiblidade de valorizar e se alegrar com a melhora e as conquistas reais que já fizeram, sentindo necessidade de fazer mais e mais em busca de um estado íntimo de gratificação que nunca acontece.
Fazendo as pazes com essa limitação você “pega leve” com a vida e consigo mesmo. Elimina a rigidez de sua vida ou a utiliza adequadamente. Percebe que não precisa e nem quer viver como um inimigo de sua própria alma. O remédio para isso é identificar qual a crença que está orientando esse tipo de comportamento e reenquadrá-lo em novas perspectivas de amorosidade a si mesmo.
Além disso, é importante Investigar também quais modelos de viver você herdou e que não atendem suas particularidades e seus talentos.
Um dos caminhos práticos, depois de examinadas as causas mais profundas da auto exigência descabida, é começar a exercitar a substituição dos “deveria” por “eu quero”. Encerrar os ciclos dos “deveria isso ou aquilo” e começar a perguntar e priorizar “será que eu quero?”, “quero fazer isso?”, “o que eu quero?”.
A vida é para ser vivida de forma leve. Mais importante que a força e a rigidez é a direção que você imprime aos seus esforços. Ninguém nasceu para carregar o mundo nas costas…
Por conta desse contraste estão sempre com a sensação de que fizeram pouco ou tiveram baixo rendimento, tornando-se muito irritados com a sobrecarga que não reconhecem e controladores inveterados que acreditam na sua capacidade para atingir objetivos impossíveis.
Por trás desse comportamento de autocobrança existem programações mentais que funcionam baseados em crenças limitantes do tipo “para ser reconhecido, tenho que dar conta de tudo”, “para ser amado necessito fazer tudo que tenho que fazer”, “se eu não conseguir tal desempenho, não serei amado” ou “se eu não tiver um bom resultado serei rejeitado”. São crenças perfeccionistas, motivadas pela necessidade neurótica de perfeição como caminho para uma autorealização ilusória.
Com isso o autocobrador ultrapassa seus próprios limites sem perceber, perdendo uma grande dose de energia astral e mental, que vai leva-lo ao estado de estresse e muita desvitalização. Ele é seu próprio sugador, seu próprio obsessor.
Essa necessidade compulsiva pela perfeição esconde uma dificuldade de aceitar algo em você. Quase sempre é uma questão relativa a baixa autoestima. É tão complexo o assunto que algumas pessoas, por exemplo, não aceitam se sentirem imperfeitas, frágeis ou falíveis… O pior disso tudo é que essa compulsão lhes subtrai a possiblidade de valorizar e se alegrar com a melhora e as conquistas reais que já fizeram, sentindo necessidade de fazer mais e mais em busca de um estado íntimo de gratificação que nunca acontece.
Fazendo as pazes com essa limitação você “pega leve” com a vida e consigo mesmo. Elimina a rigidez de sua vida ou a utiliza adequadamente. Percebe que não precisa e nem quer viver como um inimigo de sua própria alma. O remédio para isso é identificar qual a crença que está orientando esse tipo de comportamento e reenquadrá-lo em novas perspectivas de amorosidade a si mesmo.
Além disso, é importante Investigar também quais modelos de viver você herdou e que não atendem suas particularidades e seus talentos.
Um dos caminhos práticos, depois de examinadas as causas mais profundas da auto exigência descabida, é começar a exercitar a substituição dos “deveria” por “eu quero”. Encerrar os ciclos dos “deveria isso ou aquilo” e começar a perguntar e priorizar “será que eu quero?”, “quero fazer isso?”, “o que eu quero?”.
A vida é para ser vivida de forma leve. Mais importante que a força e a rigidez é a direção que você imprime aos seus esforços. Ninguém nasceu para carregar o mundo nas costas…
Por Wanderley Oliviera|04 fevereiro, 2015
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