Centro Espírita Sagrado Coração de Jesus – CESCJ. O ponto de partida.
(Bairro Parque Araruama – Município de São João de Meriti)
Instituição presidida pelo nosso estimado irmão e amigo Adilson Gouveia que por quase três décadas à frente daquela Instituição, dedicou-se, em vida, a divulgar e exemplificar a Doutrina Espírita como instrumento de propagação da palavra do Cristo Consolador entre todos aqueles que recorriam a Doutrina através do CESCJ como fonte de solução aos seus problemas. Naquela Sagrada Instituição, ao longo de anos, iniciaram e instruíram-se alguns dos médiuns que hoje compõem o quadro mediúnico da FEC, sem que à época esses irmãos pudessem imaginar o que futuro lhes reservava. Vinte e cinco de novembro de 1997. Encerrava-se mais um ciclo dessa árdua tarefa de divulgação da Doutrina Espírita entre os encarnados. O irmão Adilson retorna ao plano espiritual com a certeza de ter semeado entre seus irmãos de fé a máxima de Jesus Cristo: “Eu não vim modificar a Lei, e sim esclarecê-la!”. Envolvidos pela dor da separação momentânea que o desencarne inesperado propiciava aos irmãos do CESCJ, nos entregamos ao recesso dos trabalhos na Instituição, nos permitindo neste momento a reflexão quanto aos trabalhos que nos seria proposto no ano vindouro de 1998, e aí já sem a presença de nosso prestimoso irmão e dirigente. O trabalho na seara deve continuar. Afinal, a semeadura é facultativa, mas a colheita é imperativa.
Fraternidade Espírita Cristã – FEC. O começo de tudo.
(Bairro Parque Novo Rio – Município de São João de Meriti)
Quando do reinicio dos trabalhos previsto para o mês de janeiro daquele ano (1998), o quadro mediúnico reunido nas dependências do CESCJ foi oficialmente informado que a Instituição não reiniciaria as suas atividades previstas, e até então desenvolvidas, permanecendo em recesso até segunda ordem (?). Isto ocorreu exatamente na data de 18 de janeiro do ano 1998. Estávamos, ainda, atônitos pela recente passagem de nosso prestimoso dirigente e perplexos ficamos com a decisão de postergarmos o reinicio de nossos trabalhos e, mais, sem qualquer data para retornarmos, pois somos sabedores que o Plano Espiritual não descansa. A caridade não espera. Como sugestão para aqueles médiuns que quisessem continuar com o compromisso assumido com o plano espiritual, a de reunirem-se para buscar uma proposta sobre o que fazer diante do cenário que se mostrava no CESCJ. Algo que pudéssemos dar continuidade aos nossos trabalhos de integração com o plano astral. De imediato, a irmã Noemi oferece a sua residência (Bairro Laguna e Dourados – Município de Duque de Caxias) para receber esses irmãos nesse mesmo dia e hora. E assim, foi feito. Um grupo de irmãos médiuns do CESCJ seguiu para a residência da irmã Noemi, decididos a encontrar uma solução, uma proposta para continuidade dos trabalhos realizados ao longo de quase trinta anos de existência do CESCJ. Difícil lembrar exatamente de tudo que foi falado, opinado e proposto nesse encontro. Mas, de fato, uma das idéias proposta chamou a atenção de todos os presentes pela sua objetividade e clareza de execução. A criação de uma instituição que propiciasse aos seus membros a pratica de todos os ensinamentos até então recebidos no CESCJ do plano astral. Uma Instituição que buscasse cada vez mais desenvolver e propagar a Doutrina Espírita entre os encarnados, elevando-os moralmente e referenciando seus ensinamentos como base para esclarecimento das palavras do Cristo. A idéia estava lançada. Esta ganhou força com a presença manifestada, por meio da médium Dulce dos S. Monteiro, da nossa irmã do plano espiritual Jandira que acolheu nossas explicações além de nos esclarecer sobre o momento vivido por todos os presentes e nos motivando a investir nessa nova jornada, juntamente com os irmãos falangeiros que viriam em nosso socorro, bem como a própria irmã, que mais tarde viria a se tornar a dirigente espiritual de nossa atual Instituição. Faltava dar forma ao abstrato. Primeiro passo: criar um nome para que a conceito idealizado começasse a ganhar forma. Depois de varias sugestões, algumas até espirituosas, concordou-se que o nome da instituição deveria estar vinculado ao Cristiano e o Espiritismo. Obviamente por serem, estes, parâmetros de nossas ações e compromissos com o plano espiritual. Como “fora da caridade não há salvação”, o termo Fraternidade, como sinônimo de amor ao próximo, harmonia, paz e concórdia, compunha a tríade que daria nome a esta Sagrada Instituição. Estava lançada a pedra fundamental da instituição que passaria a se chamar Fraternidade Espírita Cristã – FEC e sua data de fundação em 20 de janeiro de 1998. E estes são os seus fundadores: Dulce dos Santos Monteiro, Noemi de Almeida Souza, Anselmo Alves Cabral, Rosana Fátima Tresse Cabral, Amperes Monteiro, Jorge Luiz Gomes Luciano, Ana Marta Correia Lima, Rita de Lisieux Machado, Júlio César Santos de Carvalho (in memória), Sérgio dos Santos Monteiro, Cátia Fernanda Andrade Maciel, Braz (Padre), Suzana Waltencyr Garcia Teixeira e Gilberto Jorge Oliveira Gil Ferreira. A semana vindoura seria dedicada à busca de algum espaço físico para alocarmos as atividades a serem desenvolvidas pela FEC. A irmã Noemi totalmente envolvida pelo clima que se criara a partir da reunião em sua residência, já nos dias seguintes ao encontro, manteria contato com irmão Carlos Henrique de Melo Luze, também médium do CESCJ objetivando encontrar um local que pudesse atender aos nossos anseios. O irmão Carlos Henrique atento a tudo que lhe era pormenorizado solidarizou-se com os seus irmãos e de imediato ofereceu um pequeno espaço, de sua propriedade, que dispunha no Município de São de João de Meriti. Imediatamente, a Irmã Noemi manteve contato com a irmã Dulce dos S. Monteiro e agendaram uma visita ao local proposto a fim de avaliarem o local. E assim, no dia 26 de janeiro de 1998, compareceram a Av. Estácio de Sá, L 32 Q 17 – Parque Novo Rio – São João de Meriti: Dulce dos Santos Monteiro, Amperes Monteiro, Noemi de Almeida Souza e Carlos Henrique que procederam à primeira visita de inspeção ao local que viria se tornar à sede da Fraternidade Espírita Cristã – FEC. O tempo urgia. Nesse mesmo momento, mais uma vez, a nossa irmã Jandira se fez presente por meio da médium Dulce e, após algumas considerações e análises sobre o ambiente em que se encontrava, sentenciou: este será o endereço da mais nova Casa de Deus entre os homens. Este espaço passaria a se chamar Fraternidade Espírita Cristã – FEC. A partir desse momento, esse pequeno grupo de irmãos, em encontros quase que diários, se reuniam para repensarem o projeto a ser executado, definirem as prioridades, diretrizes e procedimentos a serem implementados para tornar a Fraternidade Espírita Cristã uma realidade aos nossos trabalhos. Pois bem, aos peregrinos do CESCJ foram necessários quarenta dias até que efetivamente a nossa Instituição, a Fraternidade Espírita Cristã, abrisse oficialmente as suas portas a todos os irmãos encarnados e desencarnados, falangeiros, socorristas, e assistentes. E assim, sob o amparo de nosso Senhor Jesus Cristo e de nossos mentores espirituais iniciamos os nossos trabalhos na Fraternidade Espírita Cristã, a FEC.
Que este relato sirva de exemplo para uma nova geração de irmãos que estão conosco e outros que estejam por vir e que venham a abraçar a nossa causa. Que motive aqueles que vêem na Doutrina Espírita uma revelação de conhecimentos. Para aqueles que notam na Doutrina Espírita uma forma de esclarecer as Leis de Deus com sabedoria e objetividade, e não modificá-la. Em fim, a Fraternidade Espírita Cristã, aos nossos médiuns, aos nossos mentores espirituais e falangeiros da Seara do Cristo, aos nossos prestimosos colaboradores, a todos aqueles que ao longo de nossa existência, de alguma forma, contribuíram para estarmos aqui com vocês sob a graça de Deus, nosso pai Oxalá. Os nossos agradecimentos e parabéns para Fraternidade Espírita Cristã e para todos vocês também.
Até aqui Deus nos ajudou.
Meus irmãos é fácil dizer que é um Cristão. Difícil, é ser.
Ser Cristão não é obrigação, é devoção.
Texto redigido por Anselmo A. Cabral
